Por Fábio Mariz de Oliveira
O Carnaval de 2020 foi marcado por desfiles politizados, com críticas a diversos setores da sociedade. Destaco o samba-enredo “A voz da Liberdade”, da escola carioca Acadêmicos do Cubango, de Niterói, que contou a história de Luiz Gama. O poeta, jornalista e advogado teve um papel marcante no Movimento Abolicionista e é considerado o patrono da Abolição da Escravatura.
O tema de imediato me remeteu aos desfiles de Carnaval de 1988. Naquele ano algumas escolas decidiram usar a temáticas dos 100 anos da abolição da escravatura e a liberdade (ou a falta dela) negra.
A campeã, “Kizomba, festa da Raça”, de Martinho da Vila, foi levado à Sapucaí pela escola Vila Isabel. Um samba antológico, que até hoje está na lista dos melhores da história, e deu ao famoso sambista e a Vila de Noel Rosa seu primeiro título no carnaval!
Já a vice campeã Mangueira (muitos até hoje acham que injustiçada) entoou na avenida o samba-enredo eternizado na voz de Jamelão (maior intérprete da verde rosa), “Cem anos de Liberdade, realidade ou ilusão”. A canção, que também falava sobre a lei Áurea, dizia: “Hoje dentro da realidade, onde está a liberdade. Onde está que ninguém viu”.
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